Às vezes me pego pensando em como existem pessoas que querem ser foda. Mostrar que são diferentes, alternativos, que não ligam para a opinião alheia. Que vivem criticando a moda, a televisão, as músicas e as pessoas. Que põe todo mundo no mesmo espaço, acha que todos são iguais, e não percebem os ‘iguais’ não estão nem um pouco preocupados com essa opinão, ao contrário do próprio que perde horas pensando em como ser ‘cult’.
Não admite que assiste televisão, saber quem é quem na novela então, é um pecado. Reality show? É crime. Passa horas e horas pesquisando novas tecnologias, tem que ser sempre o mais atualizado da turma, mas não consegue manter um relacionamento que não seja virtual. Não consegue sair para beber sem twittar ‘no bar com @fulano e @ciclano’...
Sem falso moralismo. Eu adoro um twitter e facebook, tenho até um blog. Mas sei viver sem isso. Sei rir e dançar com meus amigos. Acho inclusive falta de educação parar uma conversa para conferir a internet, para divulgar onde e com quem estou. Sei chegar num determinado lugar sem precisar publicar ‘I'm at casa da vovó’.
Não usa salto alto, terno, maquiagem e muito menos sapato. Cor de rosa nem pensar, saia curta é um absurdo. Mas não percebe que basta olhar ao redor para ver que todos os seus amigos estão iguais a você. Na ânsia de serem diferentes, acabam todos iguais. Não usam salto para não se igualarem, mas estão todos de sapatilha, não colocam sapato, mas estão todos de all star. A ideia não era ser diferente?
Essas pessoas perdem tanto tempo tentando impressionar e mostrar que não querem ser iguais que não percebem que, além dos outros não estarem nem aí, acabam saindo todos com a mesma roupa, com o mesmo discurso e consequentemente, aquela ideia de diferentes cai por terra.
“Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.”
(Albert Einstein)
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