Às vezes acho que não sou desse mundo. Nasci em um universo paralelo onde as pessoas são livres e dependem disso para viver. Onde voar é item básico, fazer o que gosta é lei. No meu mundo pessoas se somam, confiam e por isso não precisam de permissão para saber quantos passos devem dar.
No meu mundo as pessoas vivem. Fazem o que gostam e se preocupam com a própria felicidade. Apenas a própria felicidade. Afinal, ela que importa, não? No meu mundo não é preciso fantasiar sentimentos, expandir alegrias falsas e esconder momentos de tristeza, eles são naturais.
No meu mundo se você quer ler um livro, ver um programa de fofoca ou caminhar no parque, você vai. E ninguém fica discursando o que você deveria ter feito. No meu mundo cada um ouve a musica que quer, todas são maravilhosas pra quem gosta, ninguém vai discursar o que é moralmente ‘escutável’.
No meu mundo o que é íntimo fica na intimidade e o que é coletivo é porque interessa aos outros. Viajar faz parte do meu mundo. Fugir da rotina, correr descalço, sair descabelada. Mas no meu mundo também se usa salto alto e maquiagem e é preciso trabalhar, lá as coisas não caem do céu.
Porque trabalhar faz parte, mas viver também! Devo viver num mundo muito paralelo para achar as atitudes, que para os outros são normais, tão absurdas.
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